Hipócrates definiu a ação terapêutico com uma arte, no sentido grego do termo Arte.
O cuidar também deve ser considerado uma arte, ainda que em sentido distinto.
Na arte de cuidar deve-se ter a sensibilidade e a intuição.
A intuição é uma visão clara e distinta de algo que não aparece. No caso da clínica psicoterápica a intuição precisa da técnica para poder se expressar adequadamente.
No cuidado há que se ter uma escuta. Escuta nos três níveis: do corpo, da respiração, da fala (dos ditos e dos não ditos do coração).
Do terceiro incluído, do pessoal, e do transpessoal, dos sonhos, do inconsciente pessoal e do inconsciente coletivo, do simbólico, do silêncio e do não saber.
O Terapeuta deve ter um olhar que abençoa. Cuidar de alguém é ajudar-lhe a expressar sua vulnerabilidade, é dar-lhe instrumentos de análise e também de paz e serenidade (Torralba).
Diferentes níveis de olhar: O que vê, o que observa, o que interrompe, o que interpreta, o que encontra, o que acolhe e o que dá sentido.
Confiar é fiar com vida. Portando o terapeuta precisa ser confiável. Fiar com a vida do que se apresenta na clínica (fiar com o outro).
O primeiro princípio na arte de cuidar é a escuta.
Toda relação é um encontro de duas (ou mais subjetividade);
Entusiasmo é Deus dentro de si. O que faz a alma arrepiar é a vocação.
Cuidando do outro e divinizo minha humanidade.
Ana Lúcia Costa Silva- Psicóloga e Terapeuta