Para Groddeck-“ a doença significa um “caminho para o conhecimento de si mesmo.” “Integrar a doença à existência é o único meio de integrar a morte à vida.
Todos nós temos pensamentos relativos em achar que a cura para todos os males está fora de nós. Não compreendemos que toda cura depende principalmente de nossa postura em relação à vida, aos acontecimentos as nossas escolhas. A cura de muitos males está dentro de nós. Pesquisas recentes revelam que o organismo humano é capaz de curar por conta própria 60% a 70% de todas as suas doenças. O corpo produz cerca de 30% a 40% de medicamentos, como a cortisona e outras substâncias. Hoje sabemos que há uma interação complicada de hormônios, de mensageiros imunológicos e de células assassinas que ficam em ação no nosso corpo. E que o estresse e problemas pessoais podem enfraquecer o sistema imunológico levando organismo a doenças. Temos uma verdadeira farmácia terapêutica dentro de nós.
A cura é portanto a jornada de toda uma vida no sentido da inteireza; Curar é lembrar o que foi esquecido sobre vínculo, unidade e interdependência, entre tudo que é vivente e não-vivente; Curar é abrir os braços ao que é mais temido; Curar é abrir o que estava fechado, suavizar o que endureceu em forma de obstrução; Curar é penetrar no momento transcendente, atemporal, em que se experimenta o divino; Curar é criatividade, paixão e amor; Curar é buscar e expressar o ser em sua plenitude, sua luz e sua sombra, o masculino e o feminino; Curar é aprender a confiar na vida.
A cura envolve o princípio da Reciprocidade, a capacidade de igualmente dar e receber, e a capacidade de vincular-se. Para mantermos nossa saúde e bem-estar necessitamos manter o equilíbrio entre dar e receber, e reconhecer quando um dos polos está mais desenvolvido que o outro. Curar a si e aos outros envolve práticas que cuidam e tratam da natureza interior e da natureza exterior, sem privilegiar ou minorar condições.